Muito comum hoje em dia é rotularem de Bipolar, pessoas que apresentam variações “aparentes” de humor. Mas de fato até que ponto é correta essa definição para instabilidade emocional?
Percebo que é mais recorrente essa queixa no ambiente de trabalho, hierarquicamente falando, de subordinados se referindo a seus superiores.
Então seria um problema predominantemente de chefias e lideranças?
Para entendermos melhor esse tema convidamos a psicóloga Albertina Corbetta, Gestalterapeuta de adolescentes e adultos.
O que é o Transtorno Bipolar efetivamente?
É um transtorno mental, caracterizado por alterações de humor, ora depressivos, ora eufóricos.
Na fase da mania, comportamento anormalmente eufórico ou irritável, falta de controle e de bom senso. Tudo está acima do normal, sem parada para descanso ou organização.
Para bom entendimento, esta fase deve durar no mínimo de 4 dias seguidos.
Na fase depressiva, sentimentos de tristeza, culpa, falta de esperança ou isolamento em um período mínimo de 2 semanas seguidas.
Por que é comum, subordinados terem essa percepção em relação a seus superiores? Exemplo: Um dia está bem, conversa com todo mundo e no outro, às vezes não cumprimenta nem com um “bom dia”.
Concluo que as mudanças de comportamento por parte dos chefes, falta de relacionamento, ou intransigência, na maioria das vezes, tem mais a ver com falta de preparo do que com transtorno mental.
Lidar com pessoas em cargos de chefia que não saibam ser chefes construtivos é um grande problema para as empresas.
Poderia ser insegurança dessa chefia? Por exemplo: Tem alguma questão específica para resolver com determinado colaborador ou com a equipe e como tem dificuldade em resolvê-la reage com essa instabilidade, como forma de demonstrar insatisfação.
Muitas vezes a insegurança do chefe leva a comportamentos inadequados.
O que se deve fazer é aprender a lidar com adversidade, não ser tão emocional e principalmente, independente do chefe, continuar a ser quem é.
O importante é saber que seu desempenho não depende do humor do chefe, e sim de você.
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Albertina Corbetta
Gestalterapeuta de
adolescentes e adultos.
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E você se identifica ou já viveu uma situação semelhante?
