A terapia das compras é algo que salvo raras exceções é bastante praticada pela maioria do público feminino. E temos que admitir que é bem prazerosa mesmo. O problema é quando essa terapia pesa no orçamento ocasionando outros desequilíbrios como o financeiro.
Quando conclui meu MBA em Finanças, o assunto que escolhi para o trabalho final foi o de Finanças Pessoais. Através da pesquisa percebi como é importante sabermos quais são nossas verdadeiras motivações de consumo; buscarmos o autoconhecimento sempre e tomarmos decisões conscientes.
O filme Delírios de Consumo de Becky Bloom retrata de forma divertida os apuros e desculpas que uma consumista compulsiva pode dar para justificar o seu vício e as razões por trás dessa necessidade de comprar. Faz-nos refletir…
Mas as compras compulsivas são mencionadas na literatura psiquiátrica já na década de 1920, o distúrbio se torna atual em nossa sociedade de consumo. Sua definição inclui os seguintes fatores: comportamento que revela propensão ao vício; traço compulsivo; origem em motivação repetitiva, irresistível e persistentemente avassaladora para comprar, o que pode trazer prazer e alívio, embora, também, dano a si mesmo ou a outros (Friese, op. cit).
A pessoa cria uma dependência de comprar como fonte externa de mudança de humor e como uma reação ao estresse, emoções desagradáveis e outras situações que procuraria evitar.
O impulso por trás da compulsão não seria a aquisição do objeto concreto em si, mas as propriedades simbólicas da experiência de comprar, tais como: receber reconhecimento e aceitação; a oportunidade de fantasiar e permanecer em um mundo de sonho; sentir-se poderoso e importante quando gasta dinheiro; sensação de liberdade…
O serviço de Personal Shopper, por mais contraditório que possa parecer neste contexto, surge como instrumento de economia e planejamento, pois o que se compra será orientado por uma lista de itens que além de ser realmente necessária, irão complementar looks diversos e serão adequados ao estilo, biotipo e gosto pessoal. Não é motivado pelo simples fato de consumir e sim pela compra consciente.
Também é uma solução para a falta de tempo devido à otimização das compras. Quando se conhece o que se precisa e o que o valoriza o resultado é mais eficiente.
Neste período de liquidações pode ser um bom momento para fazer este trabalho de garimpagem em busca do que realmente se precisa.
O importante é tomar alguns cuidados:
– Comprar apenas o que se realmente precisa
– Observar os possíveis defeitos
– Escolher peças adequadas à numeração e tipo físico atual
– Não comprar por impulso
– Levar quando realmente a cor favorecer e combinar com o estilo
E mais importante. Sempre que adquirir alguma peça nova doar outra que não se usa mais. Isso faz bem a todos.
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