De mais ativo olor
Que na vida é preferida
Pelo beija-flor…
Me fora tão clemente
Aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela
Deslumbrante e bela…
Junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado
Sobre a rosa e a cruz
Do arfante peito teu…
Estátua magistral
Oh! alma perenal
Do meu primeiro amor
Sublime amor…
A soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração
Sepultas um amor…
Em sândalos olentes
Cheios de sabor
Em vozes tão dolentes
Como um sonho em flor…
És mãe da realeza
És tudo enfim
Que tem de belo
Em todo resplendor
Da santa natureza…
Se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh! flor!
Meu peito não resiste
Oh! meu Deus
O quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar
Em esperar
Em conduzir-te
Um dia ao pé do altar…
Em preces comoventes
De dor, e receber a unção
Da tua gratidão…
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te
Até meu padecer
De todo fenecer…