Visagismo dos cabelos

O cabelo no século XVIII já projetava a posição social. A aristocracia francesa dava grande importância aos penteados e quanto mais altos os cabelos ficavam, mais elevada era a posição da mulher na sociedade. Os penteados chegavam a durar até dez dias e podiam passar da altura de 1 metro.

Assim como naquela época, essas codificações visuais comunicavam e traduziam uma intenção, hoje de igual modo a forma que escolhemos para corte, penteado ou coloração trazem implicitamente uma comunicação visual.

Na década de 80 houve um retorno ao visual “juba”, como sendo predominantemente símbolo de poder.

Hoje apesar da infinidade de opções e estilos as mensagens subliminares continuam as mesmas, e precisamos estar atentos ao que consideramos mais importante nesta mensagem que expressa e expõe o que somos ou pode revelar mensagens equivocadas. 


O cabelo longo espelha a imagem de mulher frágil, tímida e impotente como da história da Rapunzel. Quando usados soltos associam-se a sensualidade e a liberdade, por isso que no império romano as mulheres casadas usavam os cabelos trançados como forma de compromisso.

O cabelo curto sugere uma mulher liberada e segura. No século passado desde a década de 20 representa independência. Porém é importante observar que a franja, como na imagem acima, fragiliza a imagem. A franja do ponto de vista psicológico configura uma forma de segurança, por esconder uma porção do rosto.

Os cabelos louros desde a Grécia antiga são valorizados, por isso grandes atrizes hollywoodianas como Marylin Morroe tiveram de tingir os cabelos para fazer sucesso.

Infelizmente o louro carrega uma informação estereotipada surgida na década de 20 na época das melindrosas que eram consideradas ociosas e tolas por clarearem os cabelos. Remete também aos clássicos infantis dos contos de fada como de Cinderela e Rapunzel doces, porém passivas. 

Como o visagismo se utiliza dos símbolos arquetípicos para traduzir a imagem visual é importante entendermos o real significado da frase “Uma imagem fala mais que mil palavras” e porque é bem comum sermos julgados baseado em aparência, igualmente como, muitas vezes, julgamos nos baseando em “impressões e intuição”.




Inspirado no Livro: Código do Vestir – Toby Fischer – Mirkin





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